quarta-feira, 27 de março de 2013

Cristo me representa


         Feliciano não me representa. Ok, ok, ok. Estou cansando desse papo tão em voga. Todos os dias, seja no twitter, seja no facebook ou me aventurando por algum tempo em qualquer site de notícias, lá estão eles. Lá estão os ativistas do movimento gay, lá está o Jean Wyllys, até a Fernanda Montenegro deu uma beijoca em uma atriz em protesto a nomeação do Feliciano na Comissão de Direitos Humanos. Sem falar dos pró-fica-Feliciano. 
         Tudo isso tem se tornado um verdadeiro círculo de horrores, com baixarias, ofensas, desrespeito. Acusações existem em ambos os lados, isso também é democracia, não é? Não sou contra cada um mostrar sua opinião, graças a Deus o estado é laico (até vocês ateus dizem um graças a Deus nessa hora), porém, estamos chegando ao ponto da falácia sem ação nenhuma. E o que mais me preocupa em tudo isso, é o quanto a imagem de Cristo está sendo ferida.
         Ontem estava assistindo um vídeo desses vlogs famosos, logicamente o assunto relacionado ao deputado (Pastor) Feliciano apareceu. Em uma das brincadeiras do vlogueiro ele disse que Feliciano está querendo implantar uma Cristocracia, seguido disso, ele desfere risos escabrosos e irônicos. Não, eu discordo disso.        
         Uma Cristocracia? Isso apenas nos novos céus e nova Terra, enquanto  não há o cumprimento dessa promessa, nós estaremos condicionados a vivermos debaixo daquilo que julgamos ser o nosso certo, a viver na religião que nos apraz, acreditando naquilo que depositamos a nossa fé. 
         Alguns evangélicos querem tanto seus direitos e representatividade no poder público, mas acham que automaticamente isso lhes garante o direito de imporem as suas visões de mundo a toda criatura, que se calem os contra e os incomodados que se retirem. Ridículo, não é? Parece que o exemplo deixado por Cristo é um devaneio, como se as obras dele não bastassem para nos mostrar como agir. Se ele não é exemplo e alvo por consequência o centro do que se vive não é ele, basicamente isso.
         Cristo veio a terra também para pregar a igualdade e o amor ao próximo, o que inclui incrivelmente até aqueles que pensam X enquanto você pensa Y. A questão é que ele sentou na mesa dos pecadores mais desprezados, ele os amou de tal maneira, que mesmo se assentando na mesa deles e vendo todos os seus erros e falhas, foi na cruz e morreu por eles. Não importava se eles aceitariam ou não esse gesto de amor, se eles concordavam ou não, ele foi lá e fez. 
         Jesus repreendeu os escravos do pecado, só que é fácil esquecer, que os fariseus que ele também repreendia eram os que se chamavam conhecedores das verdades de Deus, porém, descumpridores de tudo aquilo que eles batiam no peito dizendo conhecer. Parece que estou falando de muitos caras que estão por aí, que coincidência! 
         Jesus ama os gays, as lésbicas, os bissexuais, os heterossexuais, os homens que fazem chapinha e ajeitam a sobrancelha no salão, os que gritam suas ofensas, os que usam chapéu de cowboy.
         Meus queridos amigos homossexuais, eu amo vocês, respeito suas escolhas, lutarei por nossos direitos, porque para mim não existe o direito dos homossexuais e em outra caixa o direito dos heterossexuais, existem os direitos humanos.  
         Enfim, eu queria dizer que quem me representa é Cristo, por isso eu o sigo. Me envergonham todos aqueles que não representam Cristo e consequentemente não representam o amor e o respeito. Cristo me representa e o que eu tenho feito para representá-lo? 


segunda-feira, 25 de março de 2013

Didática, a melhor emoção.

Texto do meu querido amigo Filipe, futuro teólogo, graças a Deus!


    Em uma das minhas grandes jornadas de tentativa de aprendizagem das ações da espécie humana percebi algo fundamental, nesse nosso novo e eterno tempo de aprendizagem: Emoção não muda, a didática muda. Antes de partir pra tese do assunto, quero deixar claro o seguinte: Não estou falando de emoções no sentido de quando passamos por uma perda, ou alguma dor do tipo.
    Então... Vi a maior parte das pessoas que tiveram algum contato com o evangelho, mudarem suas vidas por um curto espaço de tempo, e logo após disso, voltarem a tudo que eram. E em exatamente todos esses casos, eles foram tocados por palavras que talvez até fizeram eles chorarem, pois tocou em alguma ferida, mas logo depois abandonaram tudo. Vejo tanta pessoa mudando tanto de opinião em questão de uma noite mal dormida, que as vezes até acho que ser bipolar é a melhor maneira de se esquivar das responsabilidades de ser um cristão íntegro.
    Somos seres emocionais, e não há como fugir dessa perspectiva. Choramos, rimos, nos alegramos, sentimos raiva, etc. Mas para uma vida madura e sem montanha-russa de níveis tão inconstantes de vida com Deus, devemos amar aprender, antes de amar qualquer coisa que nos faça chorar...
    Caçadores de emoções nunca serão seres transformados, esses dependem de eventos para se manter, não que alguém seja tão firme que nunca tropece, mas de qualquer modo, devemos ter a consciência de mesmo quando erramos sabermos o que devemos fazer, o que é certo e de quando estamos errado, e isso, só o aprendizado pode ensinar. Aprender a ouvir é o primeiro passo para aprender. Reconhecermos que nada sabemos, não muda nada, se nós não agirmos como se nada soubéssemos, ou mentirmos com palavras uma atitude egoísta.
    Em suma, a emoção te muda por um instante, mas a didática gera a mudança efetiva e necessária.


Filipe Outeiro