segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Os ensinamentos da dor

Os ensinamentos da dor, nos recusamos ao máximo de compreendê-los e principalmente fazê-los reais em nossa vida. É muito fácil dizer que precisamos errar para aprender, somos mestres especialistas em aconselhar isso aos amigos, em estender as nossas mãos quando eles estão caídos no chão de mais uma derrota. Ah, mas quando a dor bate na porta, somos mestre especialistas phD e gran mestres em fugir, por mais que dores sejam inevitáveis, agimos da mesma forma quando na infância ralávamos os joelhos, depois de uma queda. Vemos o sangue escorrendo, a dor latejante da pele escoriada, aí então saiamos correndo, fugindo da hora do banho, porque naquela hora a dor vai ser dilacerante. Ainda mais quando reconhecemos que na ferida há sujeira e só uma escova e sabão irão resolver o problema.
Semelhantemente as dores da alma são dessa forma. Ninguém chega e te dá um manual de instruções, nem os livros de auto ajuda ousam falar sobre isso, todos querem falar apenas sobre o lado bom da vida. Eu tenho o lado bom da minha vida, porém, tenho minhas dores. Não sou e nem tampouco prego a vida maravilhosa com pássaros cantando felizes na minha janela, não prego a vida do super herói que nunca se machuca, apesar que até o super homem tem seu ponto fraco, uma kriptonita ou como disse o apóstolo Paulo, um espinho na carne.
Somos bons demais em admitir nossas virtudes, em escancará-las na janela, mas tão miseráveis em admitir verdadeiramente que somos miseráveis, com nossas dores lacerantes, com cicatrizes espalhadas pelo corpo, pela alma, até mesmo na razão e no entendimento. O que é a plenitude da vida sem o sofrer que precede o momentâneo bem estar? Somos remadores do último porão do barco (I Coríntios 4:9), ou será que a tua bíblia perdeu essa parte? Se não temos dores, não procuramos a cura, e ao não procurar a cura nos conformamos com nossas posições, com nossos dias sempre iguais.
Não queremos nos expôr ao sofrimento, muito menos ao doloroso processo de lavar as feridas. Você não querer chorar lágrimas que parecem que ao cair arrancam todas as suas certezas. Você não quer admitir que muitas das dores que você deixou doer no passado, hoje se mostram necessárias para a sua evolução (revolução?). Ninguém quer no fundo aprender com a sua própria dor, é mais cômodo ser platéia das dores alheias. Ler sobre, opinar sobre, nunca viver com.
Como estudante de medicina vejo muitos procedimentos que são necessários para salvar a vida das pessoas, porém, ao imaginar tudo aquilo sendo feito em mim, faço cara feia. Da mesma forma são as dores que sentimos, os procedimentos que passamos para curá-las, talvez trarão por mais algum tempo dor, porque tudo que começa a curar inevitavelmente vai doer a princípio. Antes doer, do que ser um leproso que de tão doente não consegue sentir as suas dores, que além de não doerem consomem sua carne.
Sou da apologia da dor e da Cruz. Sou também daquela que acredita nas coisas pequenas, que ama o entardecer da janela do seu quarto, que quer viver a plenitude de uma vida feliz e segura, porém, preciso reconhecer o valor das dores, por mais complicado, tenso, punk ou qualquer outro adjetivo que queira usar, que seja.



Nobody said it was easy
No one ever said it would be so hard
I'm going back to the start

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

(Des)rendido

Talvez toda a resposta das suas entradas se repita repetidamente em saídas. Você entra, mas todos querem e vão sair. Vão sair os sorrisos convidativos, as mãos que acariciam, no final da noite você estará sentado no chão da sua sala chorando as injúrias de mais uma partida sem volta. Quebrarão com tanta força o seu coração, que desde já você o despedaça pelas peças da casa, tão cheia- cheia de seus fantasmas interiores e horrores diários.
Te perguntam quem é seu pior vilão, vem a sua imagem refletida no espelho quebrado, mas isso você não confessa a ninguém, sua gravata está apertada demais para que você saia e grite aos quatro ventos o quão derrotado é. Um derrotado com o sorriso mais vitorioso que eu já conheci.
Fingir que as coisas estão no eixo, no fim, se tornaram suas melhores esfarrapadas desculpas.
E isso vai continuar sendo a realidade dos seus dias, se render é a pior das suas vergonhas. E até o dia que se render não for a sua remissão, você vai continuar a viver essa imundície tão farsada por todos esses sorrisos amarelos que você distribui.
Não adianta nada o carro importado na garagem, todas as mulheres que passam pela sua cama. Não adianta o tanto de álcool que entra por sua boca, nem tampouco, quantas festas vip você foi rei.Isso tudo é muito passageiro, meu caro. Carpe diem e todos os dias o mesmo inferno de ser sozinho, o desejo tão simples de se jogar pela janela.
Seu narcismo não consegue suprir suas faltas, suas decadentes ondas e terremotos de desespero. Ninguém sabe quantos remédios você esconde no seu cofre, nem desconfia, de quantas mágoas ainda nutre do pai ausente, da mãe viciada em si mesma.
No currículo não pedem o peso de cada tristeza que você carrega nos ombros, não se interessam o quanto de sangue você derramou, quantos você matou, quantos destruiu, de quem roubou. Não perguntam os sonhos que teve na infância, do super herói que você acordava todas as manhãs para assistir. Querendo ou não, essa forma que as pessoas vão levando suas vidas, o egoísmo dentro de cada coração que você conheceu, te tornou assim. Os dentes brancos do comercial já não enganam mais.
A solução reside em você e ao mesmo tempo somente você não pode ser a solução.
No seu deserto, que insistentemente você chama de oásis, é necessário que tudo seja transformado. Recomeçar é preciso, porém continuar, só vai terminar com essa doença terminal que é a sua vida.
Recomeçar muitas vezes começa com morte das suas vontades, mas tenha a certeza vai preencher as lacunas inexplicáveis do seu viver e mostrar que o eterno, toda luta nessa vida terrena, vai te fazer entender por quem e quem luta por você.
O começo é rendição. E o final? Não tem final.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Aprendi hoje...

Ajuntando-se entretanto muitos milhares de pessoas, de sorte que se atropelavam uns aos outros, começou a dizer aos seus discípulos: Acautelai-vos primeiramente do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Mas nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido. Porquanto tudo o que em trevas dissestes, à luz será ouvido; e o que falastes ao ouvido no gabinete, sobre os telhados será apregoado. E digo-vos, amigos meus: Não temais os que matam o corpo e, depois, não têm mais que fazer.Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a esse temei. 
Lucas 12:1-5

Hoje lendo essas palavras de Cristo, chorei lágrimas que desceram feito ácido que corrói. Correndo as estruturas que baseiam e fincam com força meus pecados na carnalidade dos meus atos, na racionalidade daquilo que faço sendo o contrário do que quero e ao mesmo tempo não quero. 
Lembrei-me da luta diária de acordar todas as manhãs, sentar na beira da cama e pedir novamente o senhorio de Cristo sobre a minha vida. E apesar dessa atitude, continuar, muitas e inúmeras vezes, apertando a mesma tecla de pecar. Não é fácil admitir as fraquezas, chorar o choro arrependido que deseja verdadeiramente não repetir os mesmo erros ou ao menos sentir com força a existência de um espinho na carne, passando, nem que seja uma vida, relutando contra ele. 
Não acredito no super herói cristão ungido labarachuias mega power prospero feliz rico com camaro amarelo doce doce doce , prefiro os ditos indignos prostrados ao pé da Cruz, errando e aprendendo, sendo transformados todos os dias, admitindo que são seres imperfeitos, aceitando a Cristo todos os dias. O fermento da hipocrisia já me estufou, estufou meu peito e caminhar, chegou ao ponto de me cegar, de me tornar alienada, cumprindo um ide vingativo, cego, surdo, mudo e gordo de ganância. E foi a misericórdia que me encontrou, foi a graça que abriu os meus olhos. Repito enfaticamente e irredutivelmente o quanto amo a graça e a misericórdia. 
E não importa, um dia tudo será lançado a luz (à luz será ouvido), haverá o estabelecimento da justiça de Deus e a remissão dos pecados pelo sangue derramado por Cristo. Isso me dá alegria, imensa alegria, mas como diz uma amiga minha, fico aterrorizada com a justiça de Deus para com aqueles que se desviaram da graça, que optaram pelo caminho que não era o caminho. Ele tem o poder de lançar no inferno, mas pelo sacrifício de Cristo, por uma vida centrada unicamente Nele teremos o direito da vida eterna, isso é maravilhoso!!!
Tememos por demais o julgamento humano, que sempre (digo SEMPRE!!) vai levar em conta aquilo que os olhos vêem, porém, o oculto e intensão de cada coração, cabem a Deus sondar. Ele sonda, ele conhece, ele quer escutar. Eu estava falhando friamente nessa parte, a parte dele escutar da minha boca, o meu confessar diário de pecados, por mais bobos que parecessem, como por exemplo, brigar com meu pai e com meu irmão, ser grosseira com as pessoas, sentir raiva, ter momentos de extremo ódio, ser invadida por pensamentos errados. E não me venham com o papo "Ohh querida, você não é assim". Sou sim, desculpa se frustei sua imagem de que sou um doce de pessoa (termo mais chulo e adolescente, plmd). Ainda tem muita Rafaela que precisa morrer e muito Cristo que precisa viver e me transformar, transformar meu caráter a semelhança do dele.
Aí perguntada sobre como desenvolver honestidades e transparência com Deus e com as pessoas, simplesmente cheguei a uma conclusão, devo abrir a boca e o coração. Ficar no discurso cheio de blá, blá, blá me levaria apenas a mais desculpas esfarrapadas, acho que minhas mãos não conseguiriam segurá-las porque já estou cheia de outras desculpas esfarrapadas.
Hoje, por fim, espero que eu realmente faça isso, abra meu coração, minha boca e minha vida a Deus, que isso gere no nosso relacionamento intimidade, que pelo sangue de Cristo eu venha usufruir da comunhão com ele. Amém.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Vamos pintar o muro?

Quando chegará o dia que vamos pintar juntos o muro da nossas diferenças? Todo manchado, corrompido, cheio de todas as nossas discussões vãs, cheio do nosso orgulho, do preconceito negro, heterossexual, homossexual, nazista, calvinista, capitalista, socialista, judeu, islâmico, ateu, progressista, democrata, aristocrata, idiota, cristão. Nos auto nomeamos sem julgamentos, porém, nossa alma, humanidade e tendências sempre nos levam ao lado oposto de nossos discursos, e é máxima aquela frase chata  de que não adiantam as nossas palavras se o nosso discurso se torna vão diante das nossas atitudes. 
Enquanto a nossa gentileza não se mover ao fato que somos feitos de uma mesma composição, que as nossas crenças e planos nos fazem diferentes sim, mas ao mesmo tempo não devem nos distanciar, não devem construir um muro entre nós. Um muro no qual chegamos perto e jogamos nossas bombas maldosas, fedorentas e destruidoras. A falta de tolerância fede.
Ao ver esse vídeo me pus a questionar o quão não gentil deixo de ser. Entendi que a gentileza reflete graça, amor, misericórdia. A gentileza é sutil, não deseja a glória e nem se envaidece. Gentis são aqueles que valorizam a sutileza de estender a mão ao caído, em ajudar a vizinha solitária a limpar o quintal, é limpar o chão que você não sujou, é dar a sua vida em prol de vidas que talvez nunca darão o devido valor a isso.
Gentileza gera gentileza, que provoca amor, que faz entender a graça, nos ensina a viver a plena misericórdia e compreender que ser servo de todos por amor vale muito a pena.
Vamos pintar o muro e sujar o nosso orgulho?


quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Oração ateia


Para todos aqueles que julgam os ateus, para todos aqueles que são os mais rápidos no quesito apontar o dedo, segurem essa sociedade dos evangelhos mortos.

Segue a oração do dia com trechos de músicas cantadas por ateus declarados.

"Jesus,
E você foi pendurado com um inimigo do estado.  Cantou pros miseráveis, que vagam pelo mundo, derrotados. Foi água para as sementes antes mal plantadas, que já cresceram com cara de abortadas. Caminhou sobre a terra para as pessoas de alma bem pequena, para aqueles tipos que remoem pequenos problemas, até mesmo para aqueles que vivem querendo sempre aquilo que não têm.
Você ainda os ama, aqueles que dizem ver luz, mas não conseguem nem iluminar suas minicertezas e vivem contando dinheiro e status.
O problema disso tudo, não foi e não é você, por isso vamos pedir piedade. Senhor, piedade, pra essa gente careta e covarde. Não quero o mal deles, peço que lhes dê grandeza e um pouco de coragem.
Mova em mim um sentimento de querer cantar só para as pessoas fracas, que estão no mundo e perderam a viagem. Quero cantar o blues, com o pastor e o bumbo na praça, vamos pedir piedade, pois há um incêndio sob a chuva rala. Somos iguais, eu e os desenganados, em desgraça, em miséria, mas você é diferente em amor e misericórdia.
Aí eu preciso te dizer: “Vem comigo para a construção de um lugar melhor, vamos sangrar”. E me pergunto: “Será que Deus mudou? Ou será que mudamos de deus?”.
Me disseram um dia sem saber que o teu amor parece escravizar, então eu penso que se o amor escraviza, mas é a única libertação, transforma minha voz  e vida, para que ambas sejam a  minha canção de amor. Por ser feliz, por sofrer; por esperar, eu canto; pra ser feliz, pra sofrer; para esperar, eu canto. Canto sabendo que um dia você vai encontrar minha vida na eternidade.  Paradoxalmente, você se faz como meu segredo e minha revelação, minha luz escondida. E no fim, quando rendido eu caminho para a luz, meus braços estão bem abertos.
Ultimamente eu me encontro lá fora observando as estrelas, ouvindo violões como alguém apaixonado. Ás vezes as coisas que faço me espantam, mesmo assim toda hora sei que você está perto de mim.
Sinto e percebo, que o amor é real, realidade é o amor. O amor é sentir, sentindo amor. Amar é querer ser amado, portanto, me ame. Amar é toque, tocar é amor. Amor é alcançar, alcançando amor. Amor é pedir para ser amado, por isso, mais uma vez te falo, me ame.  Amor é você, você e eu.
Você me ensina que eu preciso dizer que não preciso de anéis de diamantes, que eu ficarei satisfeito com as obras perfeitas de suas mãos. Me diga que você quer aquelas coisas que o dinheiro não pode comprar, pois ao seu lado eu não me importo muito com dinheiro, porque dinheiro não pode comprar amor. Não pode me comprar. E Deus tão espiritual, me deu você como rosa, do seu rosal principal.
Você, você é palavra viva, palavra com temperatura, palavra que se entregou muda, feita mais de luz que de vento. No princípio era o verbo, palavra prima, uma palavra só, a crua palavra que quer dizer tudo anterior ao atendimento. Palavra dócil, palavra minha, matéria, sou sua criatura."

Autores
Bleed For Me -Jello Biafra
Blues da Piedade- Cássia Eller
O dedo de Deus- Cássia Eller
Minha voz, minha vida- Caetano Veloso
Like Somenone in Love- Björk
Love- John Lennon
Can’t buy me Love- John Lennon
Como se fosse primavera- Chico Buarque
Uma palavra- Chico Buarque
Lie In Our Graves- Dave Matthews


terça-feira, 27 de novembro de 2012

Sobre esperar há muita divagação

Sobre esperar há muita divagação e cada um espera do jeito que lhe convêm. E as esperas por mais subjetivas que são, viram no fim os mesmos assuntos.
Eu esperei por algo, muito tempo. Sofria todos os pesos sobre e com relação a essa espera. Dizia que não me importava em esperar, aquilo me dava vida. Não, não, não. Aquilo não me deu vida. Aquilo tirou, não sempre, pedaços do meu hoje. O futuro é distante, muitas vezes inalcançado por minhas mãos.
Aprendi que o inalcançado, de duas uma, um dia será alcançado ou nunca deverá ser tocado. Compreender tudo isso foi um caminho de extremas e continuas entregas e renúncias. Continuamente é um caminho.
Sempre vinha aquela parte da bíblia, lá de Eclesiastes 3, que Deus tem um tempo determinado para tudo. Ok! Eu acredito firmemente nessa palavra, porém, inúmeras vezes a usei como desculpa ao meus apegos, as minhas teimosias erradas se firmaram feito raiz nessa espera. Acredito o quanto isso foi importante para a minha vida, o quanto aprendi e o quanto de respostas que obtive. Só que agora questiono se toda a intenção divina já teve, por agora, um fim e eu esteja alucinando.
Hoje, eu liberto essa espera da raiz profunda fincada antes no meu coração. Me submeto a ação do tempo certo de Deus, mas já não quero, nem desejo mais, me prender ao futuro tão distante com tanta força. Vou planejar a vida, sonhar com o nome dos meus filhos, sonhar com a minha casa no meio de um lugar cheio de neve, esperar o dia que meus olhos contemplarão a aurora boreal mais linda. Porém, me darei o direito de viver o meu hoje, a relação com meu pai, a cumplicidade com meu irmão, o companheirismo e risada dos meus amigos, as noites mal dormidas nas semanas de provas, as demais e outras surpresas desse caminho de espera, que espera, mas que nunca para, mesmo nos dias de descanso, mesmo nos dias que eu quiser desligar o celular e ficar off line.
A espera é parada e paradoxalmente cobra de nós sempre um não parar. O caminho é a paciência, que produz experiência e depois esperança (Romanos 5:3-4). A esperança vem do que experimentamos. E experimentar algo só se torna real quando agimos e nos movimentamos com esse ideal. Vamos nos auto oferecer uma chance de que as coisas possam ser diferentes, para que as esperas sejam provadas e mostrem o quanto valem a pena. Claro, tudo debaixo e diante da vontade de Deus. Se não for dessa forma, muitos dos caminhos serão frustados e de maneira nenhuma a perfeita, boa e suprema vontade de Deus.
"Aquieta o teu coração", eu tive que aquietar o meu. Aprendamos a valorizar o real sentido das esperas e do esperar.

sábado, 24 de novembro de 2012

Amor cantado por outros lábios


As músicas ditas seculares me fazendo refletir sobre o amor de Cristo. Todas eu fui pegando de forma aleatória e juntando em um texto no qual representaria Jesus falando sobre seu amor por nós. 

"Quando você chorou, eu enxuguei todas as suas lágrimas.Quando você gritou, eu lutei contra todos os seus medos e eu segurei sua mão por todos estes anos.E aí achamos o amor em um lugar sem esperança. Então você me disse que percebeu com essas lágrimas caindo dos seus olhos que você precisa mudar se quiser  me manter pra sempre. Você promete que vai tentar, porque você sabe que é amor, por isso você sabe que não precisa pedir nada em troca e sabemos que cada palavra importa.
No fim você sabe que guardei pra você todo o amor, mesmo quando você chegou e chorando falou que não tinha dúvida, é comigo que você quer viver,  mas outras dúvidas você tem e elas te atrapalham. Porém, não se preocupe isso não é um conceito ou um defeito, é só o teu jeito de ser. 
Agora te peço, empresta-me seus olhos eu posso mudar o que você vê, mas você precisa manter sua alma totalmente livre. Mesmo quando as sombras da noite e as estrelas aparecerem e não houver ninguém lá para secar suas lágrimas eu poderia segurar você por um milhão de anos para fazer você sentir o meu amor.
Teimoso, você acha que entende das coisas. Você diz pra mim e pra qualquer um que você é duro o suficiente. Você não tem que propor uma briga, você não tem que estar sempre certo, me deixe levar alguns socos por você esta noite. Mesmo quando você não desejar em sua casa anseio ficar, quarto por quarto pacientemente vou esperar por você lá, como uma pedra.E no fim do dia escutar você falar que olha para mim e quando as melodias se forem, em mim você ouve uma canção, continuando a olhar pra mim.
Eu tenho te amado por mil anos. Eu vou te amar por mais mil. Na verdade te amo desde a eternidade e até ela chegar (isso não está na música!!). "

Autores:
My immortal- Evanescence 
We found love- Rihanna
Nobody's Perfect- Jessie J
Porque eu sei que é amor-Titãs
Pra você guardei o amor- Nando Reis 
Coração Vago- Nando Reis
Awake my soul- Mumford and Sons
Make you feel my love- Bob Dylan
Sometimes you can't make it on your own-U2
Like a stone- Audioslave 
I look to you- Whitney Houston
A Thousand Years-Christina Perri (até música do Crepúsculo, haha)

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Bazucas e flores nas mãos.


Nasci para instituir uma guerra de paz, por mais paradoxal que possa parecer a minha afirmação, mas é para a guerra que fui chamada.
Matando todos os dias, se possível morrendo também. Se possível sendo alvo de implacáveis atiradores de elite, especialistas em me deixarem viva, me fazendo acreditar que o viver é lucro e o morrer é pura bobagem. Mas a luta começa aqui dentro de mim, e eu estou batendo no peito com força para não esquecer disso, para me manter acordada, para não ser presa na emboscada daquele que anda ao derredor como um leão, que come todos os dias ovelhas que só aproveitam o bom da ceara, porém não vigiam como o bom soldado faz, não se preparam como o atleta e são guiadas como presas tão fáceis ao matadouro eterno que tem cheiro de enxofre e calor eterno de fogo.
Tá e cadê a parte da morte? O sangue tá ainda fixado em uma cruz simples de madeira e entrega, sendo que a cruz cabe exatamente com força e peso sobre meus ombros, claro, se assim eu quiser segurá-la, tomá-la e seguir ao mestre.
E o mestre com a mansidão de seus olhos coloca uma espada nas minhas mãos e me diz: "vai e ataca". Eu digo que esse peso dói mais do que todos acham que não dói, ele me manda prosseguir porque na guerra ele é o general, o comandante, o cavaleiro do cavalo branco, o reto juiz, o vencedor que possui nas mãos chaves de morte e do inferno.
Tá e cadê a morte? A morte está nessa minha parte que luta e reluta em não seguir as instruções do mestre, em insistentemente achar que lutando do meu jeito, falando as coisas que todos querem ouvir, vai ser o suficiente para ser soldado dessa guera,,, só que não.
Mas como eu disse no começo, essa guerra é paradoxal porque no fim ela quer instituir a paz. Na verdade, instituindo a real paz em cada coração e criando nesses corações a comoção, ação e força tarefa de uma guerra, que vai e combate os inimigos levantados e os tombam, que não aceitam as palavras proferidas pelos falsos e charlartões profetas. Muitos dos soldados precisam entender ainda que na luta eles serão tão feridos e maltratados, só que no fim serão mais que vencedores.
Os que se acham soldados estão sentindo nojo da gota de sangue que suja suas roupas, desistem facilmente da luta, pegam as rosas sem espinhos pois não desejam mais as feridas causadas pelos espinhos, eles só querem o cheiro bom das flores.
Ah soldados, vocês acham que falar sobre a unção de algum profeta é algo tão marcante no mundo espiritual, não, marcante seria se vocês se voluntariassem a viver a vida de um profeta, aguentar as pressões de um profeta, o desprezo de ser portador das verdades que todos resolvem tapar os ouvidos para ouvir. Ser profeta é não ser amado por todos (Jeremias 26:11); é ser o mais desprezível ; é dormir com a prostituta (Oséias 1:2) para mostrar a prostituição de um povo; ressuscitar um morto beijando sua boca (1 Reis 17:21-22); ser preso (Atos 16:23); ser apedrejado e mesmo assim contemplar a glória de Deus se revelando (Atos 7:59-60).
Se combatemos uma batalha na qual o nosso sangue não escorre por primeiro é porque somos apenas espectadores. Se a guerra na qual estamos não deseja instituir paz, combatemos pura e simplesmente por nossos objetivos, preceitos e com a intenção de levantar a bandeira da nossa razão, desrespeitando o tolerar que Cristo nos ensinou. Ele nos ensinou o não forçar goela abaixo, mas o conquistar com amor, a lutar com uma bazuca em uma das mãos e uma flor em outra.





quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Relativando o que não é relativo



Pecado é pecado! Pronto.
Mas nós temos a mania de relativar o pecado, de pegar a liberdade do evangelho e a tornar libertinagem.
É algo muito complicado isso, envolve com certeza, debates calorosos, no fim alfinetadas e conclusões que nunca levam ninguém a lugar nenhum, se levarem provavelmente vão beirar ao radicalismo e fanatismo de que tudo é pecado ou de que tudo é relativo, depende do ponto de vista.
Tenho analisado algumas teologias, algumas doutrinas, alguns pensamentos e confesso, passei por um estado de completa bagunça interior, tudo está certo, tudo está errado, uma força me puxava para o seu lado, outra com maior força queria me arrancar do lugar onde eu estava. Foi uma total confusão!
Respirei fundo, sabia que o resultado disso teria que ser proveitoso, de uma forma, no fundo de todos os meus questionamentos, sentia que seria algo que me traria crescimento. Bem, cresci.
Vi e percebi meus erros grotescos durante a minha vida cristã, minha vida de fé. Como andei muitas vezes feito uma cega, mesmo estando na luz. Como andei pensando ser luz e no fim eu era escuridão.
O Cristianismo do meu Salvador, da razão e consumação da minha fé, é bem mais descomplicado, só que isso não o torna mais fácil de ser vivido. É difícil vivê-lo em sua essência, confesso, é impossível vivê-lo na sua essência enquanto eu habitar nessa casa, corruptível, leviana em toda vaidade e desejo da carne. Por mais que habite em mim o Espírito Santo, sei que sou sua morada, continuarei sendo carne, que relutará todos os dias contra o meu espírito que tem o Espírito Santo, nessa luta no fim terei que torná-la fraca porque quem ganha e me faz pecar não é a carne fraca é a carne forte.
Sim, acredito no diabo. Acredito na existência de um mundo espiritual no qual ferozmente demônios e anjos lutam, acredito que a nossa luta não é contra carne, mas contra os principados e potestades. Porém, a iniciativa de pecar, não vem deles, dos coisa ruim, vem de nós. O diabo é culpado, ele lança a tentação, mas quem lança a mão, pega o fruto e se delicia com ele, somos nós. Foi assim, desde quando o pecado virou pecado. Nos deliciamos desde o primeiro momento com o pecar.
Pecado, do grego hamartia, significa errar o alvo, falha no dever. E é exatamente assim que pecamos, e por esse mesmo motivo, que pecado será sempre pecado. Não vou entrar em questões de pecado, pecadinho, pecadão isso não entra no meu coração porque minhas ferramentas teológicas são escassas. Mas o que preocupa é o fato de quantas vezes relativamos o pecar, somos induzidos por nossas vontades e desejos carnais, a pensar que certos atos e atitudes não são pecados, aí nos achamos dignos de nos colocarmos em posições de juízes, com nossas pseudo poses de não pecadores, e julgamos. Julgamos como se depois que Cristo entrou em nossas vidas não fazemos parte daqueles todos que pecaram e carecem a graça de Deus.


P.S: não estou sugerindo que o fruto do pecado é uma maça, fique claro. haha

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Mais uma desistência

Não quero mais, eu desisti disso, de fato, desisti completamente!
Acordei hoje de manhã com essa decisão fixada em mim, a coloquei diante de Deus em uma oração mental.
Quer saber do que desisti?
Desisti dessa minha incrível mania de cantar as mentiras que os homens contam e cantam, de me amoldar ao que a música diz pra mim, de acreditar em tantas mentiras anti-bíblicas, anti-cristãs, anti-cruz.
O que tem entrado no coração? Tanta enganação e facilidade, tanto egoísmo, tanta adoração às obras puras das mãos humanas de pseudo-santos, tanto um cobrar indevido e idiota de Deus.
Não cantarei, nem direi sobre aquilo que parece me aproximar de Deus e no fim só me afasta dele e do seu propósito de adoração, me afasta cegamente pelo caminho que não é o caminho.
Dói lembrar de tantas coisas que eu cantava no achismo que aquilo agradava a Deus, da forma que eu jogava na cara dele as coisas que eu queria, das promessas que eu achava que ele me devia, da forma irredutível e mimada que eu levantava as minhas mãos na igreja. Fui uma tola, uma cega, egoísta e anti-cristo!
Lembro-me de uma pessoa a qual que me disse que as músicas de antigamente eram muito sofredoras, por esse motivo, não as cantávamos mais nas igrejas, como antigamente. A princípio concordei, sem necessariamente analisar o caso em questão, mas analisando com o passar de algum tempo, percebo o quanto essa pessoa e eu estávamos enganadas. Quem sempre teve a razão foi minha mãe, que se sentia feliz escutando as músicas mais antigas, as quais falavam do verdadeiro evangelho e traziam ao coração dela a mais sincera e pura adoração.
Hoje temos cantado demais sobre o MEU milagre, a MINHA promessa, o MEU sofrimento, que EU SOU vencedor e Deus se vinga por mim, por aí vai...Somos guiados como ovelhas cegas e faladoras ao precipício.
Quero ter na minha playlist músicas que adorem a Deus, que o coloquem no seu lugar de direito, também que me coloquem no meu lugar, que me façam pensar, que me movam a buscar ser uma verdadeira adoração a qual Deus busca. Não quero nada mais que isso, isso não me cansa, me dá um novo folego, um novo cântico nos lábios e com certeza um sorriso no rosto de Deus.

Enquanto escrevia descobri essa música do João Alexandre, o vídeo não é bom, mas o som tá ótimo.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

95 teses há 495 anos

Não posso dizer que sei exatamente o que Lutero sentiu há 495 anos, com certeza, um misto incrível de ousadia, coração taquicárdico, mãos suadas, um espírito desbravador, um espírito indignado, um ser pensante não conformado. Deve ter sido uma luz, mas da mesma forma, uma espada, ler as escrituras e se deparar diante de uma realidade que não cumpria, e nem tampouco, fazia real tudo que Cristo pregou. Uma realidade suja e nojenta, na qual as pessoas eram induzidas a aceitarem a verdade como um molde pronto, diante da qual todos preferiam se calar, da qual não importa a forma que a mensagem da Cruz fosse anunciada, bastava garantir um lugar no céu. A salvação era negociada e trocada por conta de subterfúgios fáceis, totalmente contra a rota do caminho, porque pelo caminho e pela graça (de graça) há vida eterna.
A Igreja foi responsável pelo sufocamento das ciências, da economia, da cultura, em prol do poder que a ideia do cristianismo causava na vida das pessoas. O cristianismo cada vez mais assumindo caras e trejeitos de um puro antropocentrismo e perdendo o apenas discurso teocêntrico, e a partir desse momento, a criatura buscou a honra do criador, se achando digna de se colocar como única voz de Deus. Aí começou a visão mundial que ela era a única universal detentora do reino de Deus, achando que essa era a vitória em Cristo, julgando que o renascer vinha da boca de seus apóstolos e não da boca e vontade do coração arrependido. Muito mais que uma reforma de pensamento, foi a retomada do que sempre foi verdade, a verdade que liberta, sendo isso mediante só pela graça, só por Cristo, só pela fé, só pela escritura, somente a Deus a glória. Sem nada a mais!
Não posso dizer que sei exatamente o que Lutero sentiu há 495 anos, mas hoje, muito me indigna, muito me entristece o que temos feito como o Cristianismo. Estamos vivendo o mesmo sufocar que tirou o ar de Lutero, porém, temos aceitado isso, porque sair da zona de conforto é "redundantemente" desconfortável demais. Temos aceitado o preço que oferecem pela nossa salvação, pelo nosso pseudo cristianismo, sentados confortavelmente com os pés levantados para cima, escrevendo um texto, achando que isso vai mudar de alguma forma o mundo, meus caros, não vamos mudar nada! Se minimamente a história de Lutero, não o faz parar para pensar, não o inspira a reformar sua vida, ao menos, por favor, não diga que você é um cristão protestante. Se os jargões anti-bíblicos tem entrado na sua vida, se a unção de sei lá o que tem sido a sua meta, se as doutrinas mais diversas possíveis tem te levado a caminhos fáceis demais, se o que você tem vivido não compactua com a bíblia, a reforma foi em vão, desnecessária, indigna de ser comemorada.
Bem, eu a comemoro, louvo a Deus porque no coração de um homem houve uma chama de mudança, ele  poderia não querer a mudança, se calar era mais fácil, no entanto, ele escolheu não se calar (não, eu não disse que ele escolheu esperar)
Não vamos escolher o silêncio, vamos escolher a reforma, todos os dias. A reforma do nosso caráter pelo caráter de Cristo, uma reforma de amor. Talvez é isso que nos falta e pouco nos sobra.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Lei moral

Texto do meu querido amigo Filipe Outeiro, músico, futuro teólogo, um pecador no almejo do caráter de Cristo, aquele mais chegado que irmão. Bem, logo, novos pensamentos dele por aqui.



Existe algo, que defino como lei moral. Parece simples, mas na prática é muito difícil. 

Quando se fala de algo, ou de alguém, na questão de julgamento, temos que olhar para dentro de nós. O que será que temos de diferente para podermos cobrar algo de outra pessoa? É estranho, em muitos casos, falar mal da personalidade de outro,mesmo tendo a mesma, e com um ego que é tão, tão grande, que se torna um gigante, e consegue ver de cima qualquer ser... 
A humildade precede a honra, e o que eu acho que precede a humilade, é reconhecer, e além de reconhecer, querermos mudar o que temos de ruim. Creio que a simplicidade é a chave da felicidade plena. Aquela que vai além de problemas corriqueiros, além da preocupação do que vamos comer ou vestir. Despojar de nós mesmo, e sermos de fácil acesso para mudança, gera uma vida incrível, onde poderemos ter uma alegria, e uma certeza, que o nosso tesouro não é corruptível, e está guardado num lugar onde os olhos não veêm... Viver coisas novas, viver não pra nós mesmos, não pra nossos desejos e pretenções pessoais, viver para o que é eterno. Deixando o que é nosso de lado, deixando de achar cisco no olho do outro, e pararmos de ser sem vergonha, e sem sinceridade em nossas ações, quando elas não condizem com nossas palavras.
No final das contas, a maior lei moral que possa existir, é renunciarmos tudo o que achamos, tudo o que queremos, tudo que está em nosso orgulho, para viver a vida nos moldes de quem realmente deu a vida por nós. De quem nosso orgulho não é necessário, de quem não nos deixa e quem nos ama, apesar de tudo.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Mãos sujas

Texto da minha amiga loira, inconformada, inteligente, linda e futura psicóloga.


Minha maior urgência é a de lavar as minhas mãos, deixar de fazer as coisas do meu jeito. De repente eu percebo que o sangue escorre novamente pelas minhas mãos por causa do meu comodismo, egoísmo, arrogância e a minha ‘umbigocentria’ de menina mimada que nunca saiu pra ver além das fronteiras do meu confortável universo de classe média.
O que eu tenho feito pra mudar isso?  Honestamente, nada de muito eficiente. Está bem pesado perceber essa sujeira constante e não ter ideia de como retirar essas camadas incrustadas de humanidade corrompida da minha pele, é como se eu a descascasse e ela voltasse a crescer como uma erva daninha que nunca se consegue extirpar pela raiz.
Hoje eu chorei por causa de um misto de raiva e tristeza pelos Índios Kaiowás, por saber que, de alguma forma, estou mais envolvida nisso do que eu gostaria. Foram meus antepassados europeus que invadiram esse continente, foram os descendentes desses antepassados que preferiram criar gado e plantar soja em detrimento à essas pessoas que possuem uma relação muito mais longa com aquele solo que nós.
Eu sou cúmplice silenciosa disso tudo, afinal, eu nem sabia que toda a perseguição sofrida pelos indígenas não acabou no século XVII como nos ensinam na escola. As lágrimas me sobem aos olhos, por ver o tamanho da minha impotência frente a um problema tão grande.
Sinceramente, o evangelho fala que devemos tornar o Reino de Deus reconhecido na terra, e me dá vontade de chorar, porque essa humanidade, essa natureza corrompida cresce todos os dias de novo, essa casca de imundícia aparece sempre e os meus pensamentos se voltam para as minhas necessidades nem tão imediatas como: comprar um celular novo, a tecla do meu notebook que foi arrancada, o preço da comida japonesa ou a minha impaciência por ter que pegar ônibus todos os dias e perder alguns preciosos minutos de sono.
Enfim, lutar vai muito além das palavras. Mas começar por onde?
                                                                                                                            Dayse Cristine Schütz
Blog da Dayse: http://dayseschutz.wordpress.com/

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Sou uma assassina

Salvemos os índios Guarani-Kaiowá - URGENTE!



Enquanto eu estava sentada confortavelmente em meu sofá ou quem sabe eu repousava tranquila sobre a minha cama, chegou a 863 o número de índios Guaranis Kaiowá que morrem, alias, que cometem suicídio desde o ano de 1986 até outubro de 2012. Meu dia, continuou sendo o mesmo. Eu e eu, eu e eu, eu e eu.
Como sinto vergonha de mim mesma! Vergonha de nós que nos importamos mais com o fim da Carminha na novela, que não passa de um personagem de ficção, e estamos nem aí para o fim de pessoas reais, de carne, de osso, de história. Vergonha de você que se preocupa com a inutilidade de que seu time vai ou não para segunda divisão do campeonato brasileiro.
É esse o nosso problema, nossa divida sempre presente com a sociedade, porque estamos colocando coisas tão fúteis como o centro das nossas atenções, na dispensação das nossas forças, mas não nos movemos além disso, na realidade isso não exige movimento, por esse motivo que nos acomodamos tão facilmente em nossas cadeiras, nossos sofás e dormimos tranquilos em nossas camas.
Me envergonha um evangelho e seus líderes que em momento nenhum deram importância a isso, que estão se preocupando em abrir canal gospel, em lançar um novo cantor gospel, em juntar e idolatrar o dinheiro. Grande merda! Grande merda mesmo, dane-se essa porcaria de teologia da prosperidade, dane-se essa história ridícula que um canal de televisão vai alcançar vidas, o que alcança vidas é o amor! 
Eu nem orei por pela situação dos índios Kaiowá, nem me preocupei em relação a isso. 
Claro, se eu for parar para me indignar e me entristecer com cada tragédia eu não viverei. Não é isso que quero dizer, mas acho necessário que situações como essas nos façam repensar a forma que temos afetado a nossa sociedade, seja você cristão, espírita, ateu, agnóstico, judeu, islâmico e por aí vai. Sei que eu não irei lá para o Mato Grosso do Sul ficar com os índios Kaiowá, nem tampouco, tenho mais o que fazer que não seja orar e divulgar a situação, esperando a geração de uma comoção em nosso país. Agora eu não sei ao certo por quem orar, por eles ou pelo governo omisso e tão esquecido, vou pedir a Deus que ele tenha misericórdia deles...os governantes e autoridades.
Por favor, por favor, não salve o Jorge, salvem os Guaranis Kaiowá  A Carminha se arrependeu e a agora a Adriana Esteves galga a sua glória e ganha seu nome no rol das vilãs da nossa teledramaturgia. E aí, o que mudou na sua vida? Principalmente, o que mudou na vida dos Kaiowá?  
Se toca, meu querido, que a vida é muito mais do que você tem visto, as suas dificuldades são difíceis, não tiro e nem julgo suas dificuldades, só que me sinto no dever de brasileira, de cristã, te dar um sacode. 
Porventura isso não te espanta? Bem, se não lhe causa no mínimo repugnância, me desculpa, só que você é está se tornando um ser egoísta e centrado apenas em você, e isso é tão feio.
Tem sangue manchando as minhas mãos e nas suas tem o quê?
Para entender melhor a situação dos Guarani Kaiowá, segue o vídeo que me moveu a publicar no blog.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Simples assim

Creio em Jesus, creio na consolação do Espírito Santo e no amor de Deus. Creio em um Deus com suas três personalidades atuantes, pensantes, que planejam, que executam, que cooperam e fazem tudo ser uma bela, magnifica e incrível boa conspiração. Tudo declara e adora verbo, e o verbo se fez carne. Somos imagem e semelhança do criador, criação mais perfeita, na qual ele colocou suas próprias mãos. Um pai e criador tão amoroso que mesmo sendo Deus deu a nossas mãos o direito de escolha. Aí então, fizemos a escolha errada. Não o escolhemos, nós nos escolhemos. E a partir do momento que nos escolhemos, pegamos e construímos uma muralha com a nossa vergonha, nos sentimos nus, pelado, pelado, nu com a mão no bolso. O que nos expulsou do jardim não foi a fúria de Deus, mas a justiça dele.
A criação perfeita que não conhecia a morte quis conhecê-la e ao conhecê-la decretava sobre seus dias a necessidade de procurar a Deus, a necessidade de ter um caminho a ser reconstruído para voltar a desfrutar da comunhão com o pai criador e senhor. A morte não trouxe apenas finitude aos dias do homem, da mesma forma, cegou, ensurdeceu, tirou os sentidos aguçados, que traziam e faziam com que o relacionamento entre criatura e criador existisse. Mas o criador justo, permanecia sendo quem era na sua essência, ele nunca deixou de ser amor. E por amar de tal maneira o mundo, enviou o seu filho, que sofreu, que assumiu a forma de homem para que o acesso entre homem e Deus fosse restabelecido, para que o caminho fosse simplesmente ele, somente ele. Além de caminho ele é vida e não a morte que antes havia sido escolhida no jardim; ele é verdade que abre os olhos do homem e o faz admitir sua natureza errada, pecaminosa e distante de Deus. A morte veio por um homem e a vida veio por outro homem, dívida paga e aceita. Todos ficaram quites. Simples? Muito simples.
Aí eu não entendo pra que complicar tanto, pra que encher de tantas regras e condutas. Jesus veio na hora certa, ele não combinaria muito com essa época, ele não tem cara de ser um JE$U$ tão RYCO e seu evangelho tão cheio de humanidade e tão vazio de amor. Nunca vi, quero que me mostrem, por favor, esse Gézuis dos zóis azúis que é tão legal, que te coloca por cabeça e não por cauda, quero muito conhecê-lo, uma vez que o meu salvador é simples, não olha para o jatinho que nunca terei, nem deixará de me amar se eu não der a minha oferta de sacrifício de 1000 reais. Não aceito um troféu recheado de promessas, por favor, eu quero a Cruz porque é somente ela que me caracteriza como seguidora do mestre.
O que me atraiu no evangelho foi a pureza de vivê-lo, a forma que ele preenche lacunas e desfaz toda a minha imundície.
Se eu pudesse resumir a simplicidade do evangelho pego as palavras do apóstolo João :
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito para todo aquele que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna" João 3:16
Há amor naquele que pega o passado e esquece, transforma o presente e promete no futuro uma vida eterna. É disso que preciso, nada mais.
Simples assim.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Loucura do evangelho


"Porque a palavra da Cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos.Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens. Mas Deus escolheu as coisas loucas desse mundo para confundir as sábias; Deus escolheu as coisas fracas desse mundo para confundir as fortes.E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que não são; para que NENHUMA CARNE SE GLORIE PERANTE DEUS" 
Paulo, carta aos coríntios.

Incrível a maneira que pegamos essas palavras do apóstolo Paulo e jogamos elas como desculpa para as nossas coisas indesculpáveis, como se Deus agisse como um desequilibrado ou como se ele desejasse que assim fôssemos.
Tem muito louco culpando suas loucuras por conta dessa palavra. Bem, acho que louco exatamente não deve ser, mas com um grau bem acentuado de hipermetropia, isso sim. Além de uma grande dificuldade de interpretação de texto. Meu querido, volta pra escola e diz pra tia fazer direitinho o teste do olhinho com você, tá bom?
Tempos atrás um pastor foi pego em flagrante cheirando uma bíblia, e ontem assistindo o seu vídeo de desculpa, juro, fiquei com muito medo do que eu escutei.
"Ah, eu já fiz muitas loucuras pela bíblia. Já comi uma bíblia comestível, já li toda a bíblia. Vou decorar todo o novo testamento. Levo minha bíblia na academia".
Ahm?!
Será que é essa a loucura que Paulo quer dizer? Na minha simplória e não teológica opinião, o apóstolo amado do meu coração, de maneira nenhuma teve a pretensão de dizer isso. Vou elencar o que eu entendo:
1)Porque a palavra da Cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. Entendo que a cruz é louca aos padrões desse mundo antropocêntrico, uma vez que é um tanto quanto idiota (louco) morrer por uns caras que nem merecem, morrer em favor de quem não tá nem aí. Isso é louco mesmo! Alguém dar a vida por mim, miserável pecadora e egoísta, isso é loucura mesmo! Algo que provavelmente era difícil de caber na cabeça das pessoas daquela época, como na cabeça dos habitantes de nossa era pós moderna capitalista egoísta.

2)Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens. Mas Deus escolheu as coisas loucas desse mundo para confundir as sábias; Deus escolheu as coisas fracas desse mundo para confundir as fortes.E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que não são; para que NENHUMA CARNE SE GLORIE PERANTE DEUS.  Esses trechos tão utilizados para justificar as asneiras que nos colocamos em nome de Deus, mas o interessante é o final dele, no qual mostra que o que Deus faz de loucura é com o intuito de nenhuma carne se gloriar diante dele.Nessa passagem eu também lembro dos discípulos, cara, eles eram pescadores, uma profissão muito comum naquela época, e aprove a Deus chama-los. Uma vez que na mente do povo judeu, o Messias, surgiria como um rei, todo vestido de glória, e da maneira nenhuma o imaginavam montado em um jumentinho, ou andando como um escravo, muito menos se assentando na mesa dos escarnecedores. Deus vai e chama como seu povo escolhido, o povo de Israel, tem como seus homens e exemplos na fé, incestuosos, adúlteros, ladrões. A nova aliança começa com um ladrão. Graça, isso sim que é loucura.
Aí vem você, aí vem eu, aí vem tudo mundo, distorcer a loucura de Deus e torna-la humana, por favor, vamos parar com isso. Deixemos a loucura da nossa natureza humana, e de fato, vivamos a loucura de Deus.
Quer ser louco por Cristo e pelo escândalo da Cruz? Então compreenda a mensagem da Cruz, e ao compreende-la reconhecemos o quão miseráveis e carecemos da glória de Deus. Isso irá nos motivar a anunciar essa mensagem, que por mais louca que seja, no fim, é um rasgo de amor.
Se a loucura da cruz não refletir o amor de Jesus lá na Cruz, ela não passa de loucura humana, de vaidade de quem pode até ler a bíblia de caba a rabo, mas que nunca a viverá de fato.
Já li toda a bíblia, já li mais de 5 vezes o novo testamento, e continuo sendo uma pessoa egoísta, continuo sendo uma miserável, porém estou na tentativa, estou sendo moldada por cada frase, por cada ensinamento e isso não me torna melhor que ninguém, apenas mais culpada por aquilo que não faço sabendo que tenho que fazer.

"Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma" 1 Coríntios 6:12


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

As vaidades do coração.


Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado; Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama. 
2 Pedro 2:21-22


Vi esse vídeo e precisei compartilhar. Sem nada mais a acrescentar. 

Rude Cruz



A gratidão pela Cruz é sem palavras no meu peito.Sou extremamente fascinada pela cruz, maravilhada pelo amor que manchou a cruz e me deu salvação. Sim, eu amo a mensagem da Cruz.Amo aquele que foi o propagador e dono dessa mensagem.
Mas o amar a cruz não implica sobre a minha vida uma história apenas de dias bons, de plena felicidade, uma vez que o sacrifício da cruz me garante a vida eterna, porém, no entanto, todavia, meus queridos, ela também é vergonha e dor. Muita dor. 
Se alguém está lhe oferecendo um caminho onde você é chamado de mais que vencedor (Romanos 8:37), que você nasceu para nunca perder, o caminho está errado! Olhando o contexto do trecho do textos que é feito como uma das referências de um evangelho distorcido, você percebe (por favor, perceba!) que existe uma via contrária. 
Deixe-me lhe explicar, usando a bíblia.
Na carta aos romanos 8:36-39, Paulão diz: Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro. (aí que vem o mais que vencedores)... Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.
Quando Paulo fala mas em todas estas coisas, o esta "puxa" o que foi dito anteriormente, e o que foi dito anteriormente? Que somos entregues a MORTE, somos OVELHAS NO MATADOURO todos os dias (TODOS OS DIAS!). Ao meu entender, a morte é o que nos torna mais que vencedores e não a vida, não as nossas vontades, não o que Deus nos dá nessa vida terrena, sim o que ele garante na eterna.
Quem dera pudéssemos amar a morte assim como Paulo amou, dizer do fundo de nossos corações que a morte é lucro e o viver é Cristo (Filipenses 1:21). 
Precisamos incutir nas nossas mentes que depois que temos Cristo no caminho, a morte faz parte, o sofrer faz parte, a renúncia diária da nossa sujeira. Se Jesus, teve que passar pela morte, quem somos nós, para nos abdicar desse conceito básico e real da vida cristã? 
Repito, não aceite um caminho sem morte, ele é errado e está te levando para o centro das suas vontades, para o querer errado do seu coração.
O que provou que Jesus era realmente o filho de Deus foi a morte, a morte que ele venceu! 

Sim, eu amo a mensagem da Cruz, até morrer eu a vou proclamar porque eu nasci para morrer. 


PS: foi complicado encontrar uma versão que me agradasse do hino a mensagem da Cruz.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Cálice




Escrita em 1973, a música cálice de Chico Buarque e Milton Nascimento, ecoou como um grito, mesmo que abafado pelas forças dominadoras da época. Para vocês terem uma ideia, só em 1978 a música foi permitida nas terras verde e amarelo, tão foi o impacto da letra, na época da ditadura militar. Foi um grito de alguém que precisava ficar calado, mas que não queria. O grito de alguém que não se conformava com a forma que a vida ia sendo tratada e levada, alguém que simplesmente não aceitou, alguém que buscou transformação e por aí vai.
Engraçado, o quão essa letra ainda continua tão atual. O quão se pode aplicar ela na realidade não só do Brasil como nação, mas da triste e indigna realidade do evangelho deturpado e violentado por homens sem escrúpulos, desse corrompido e já não mesmo tão dito mundo gospel.
Não sei o quanto e não consigo quantificar como isso tem me ferido.
E parece que toda vez que tento não me conformar com essa realidade, preciso cada vez mais me calar, porque ninguém, são poucos, os que tem se importado com esses absurdos que estão sendo feitos, propagados e vividos.
Muitos estão sendo guiados por guias cegos e suas porcas gordas e cheias de sangue inocente. Um dia o escritor do livro de Hebreus disse que a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante que faca de dois gumes, mas a faca já não mais corta, ela foi usada para a justificativa das aberrações que fazem diariamente em nome do deus- um deus de cada coração egoísta. São muitos os machucados por essa faca, porém, o sangue da faca é ignorado, é trocado o cabo antes de madeira, por um cabo de ouro reluzente. 
Mesmo calado o peito resta a cuca? Será? Ou será que estamos sendo motivados a aceitar, a viver uma ditadura mascarada como liberdade? Uma ditadura que nos fala o que escutar, o que vestir, que cria segregação (roupas evangélicas, site evangélico, lanchonete evangélica, filme evangélico e por aí vai), que nos afasta do mundo, quando na verdade é no mundo que devemos estar, estando e trazendo vida para a realidade já morta e sem esperança, dizendo pro cara que quer morrer do próprio veneno, que quer perder a cabeça, que o caminho e o caminhar não são esses!
Mas não, temos aceito o cálice . Bebido e nos embriagados com o vinho tinto amargo da hipocrisia, estamos na festa, esquecendo que o verdadeiro cálice precede sofrimento e termina, sempre, em Cruz.
Tenho sido puxada para beber o cálice, ele até tem um gosto bom, é confortável bebê-lo e permanecer a mesma. Só que a dor de cabeça desse porre está me trazendo aquele sentimento que alguma coisa tá errada. Permanecer a mesma não faz parte do TRANSFORMAR, do processo que se resume em carregar uma cruz diária.
Eu renuncio esse cálice, e no fundo do meu coração inconformado, um dos meus sonhos é ver outros inconformados, cansados, talvez, mas dispostos para a mudança da mente que o evangelho puro e verdadeiro causa. Só depois que não se aceita uma realidade suja, é que se levanta para querer mudar.  


E quando chegou àquele lugar, disse-lhes: Orai, para que não entreis em tentação. E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e, pondo-se de joelhos, orava, dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua. Lucas 22:40-42 

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Deus é fiel?



Deus é fiel?
Absolutamente sim. Sem sombra de dúvidas.

Hoje na faculdade, vi um carro com o seguinte adesivo: DEUS É FIEL!
Deu vontade de gritar amém? Não, deu vontade de pensar.
E por mais que isso seja uma verdade, às vezes sooa tão "Deus é fiel pra mim" e no final coloque um emotion :p ,por favor!
É tão egoísta essa nossa mania de expor freneticamente a fidelidade de Deus. Perdão Pai, fiz isso inúmeras e incontáveis vezes, quis te esfregar na cara das pessoas, misericórdia! 
Tão fácil dizer que Deus é fiel, mas tão, tão doloroso, falar com o coração isso em todos os tempos.
Pior, pensar que por colocar isso nos nossos carros, fazer tatuagem, compartilhar no facebook, alguém vai lembrar disso. Sim, só que não.
Queremos mostrar a fidelidade de Deus? Vamos mostrar Jesus nas nossas vidas.
Aí me pergunte, como mostrar a fidelidade de Deus através de Jesus? Simples, Jesus foi a maior prova da fidelidade de Deus. Não foi?
Através de Jesus Deus cumpriu a sua promessa de vida eterna.

O resto? O carro, a casa, a faculdade, o bom salário, não é apenas pela fidelidade de Deus, é pela misericórdia, pelo amor, ah e por outra coisa, o esforço das tuas mãos. Por acaso acha que é fácil assim?
Deus é fiel, mas da mesma forma é justo.

E vai dizer que não parece bem mimado isso? "Ei Deus, você é fiel, então faça tudo que eu quero, hohohohohohoho". 

Renovação da mente? Amém!
Deus é fiel! Aleluias :)

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Boto fé!

Eu acredito na rapaziada. Já dizia a música.
E eu acredito que os bons não se calaram, que ainda dá pra acreditar na rapaziada.
Obrigada João Alexandre pela coragem.
Ah, você não sabe quem é esse cara? E não tem noção do que ele fez, óbvio!
Bem, ouvi muitas músicas dele na companhia da minha mãe e me lembro que quando ganhamos um cd dele, nossa, eu escutei até furar. haha
Mas com o passar do tempo, pela influência das paradas de sucessooo gospel, eu esqueci da sua existência.
Ocasionalmente ouvia as músicas dele.
Esses dias, dando uma bizoiada nos blogs de word wide web, encontrei a seguinte notícia: JOÃO ALEXANDRE ANUNCIA ROMPIMENTO COM A MÚSICA GOSPEL. Putz, lógico que eu fui ler.
João Alexandre, cara, você merece meu respeito pelo teu respeito pelo evangelho.
Me perdoa por ter te esquecido. Obrigada pelo tapa dado na minha cara.

Não vou citar nomes (bem que eu queria! haha), a sua consciência vai citar!
A música te edifica, ok! Me edifica também, porém, até que ponto somos realmente edificados? Até que ponto algo relevante tem sido colocado em nós quanto a Reino e Evangelho?
Muita música egoísta, muito "vem a mim o teu reino e o resto que se lasque"Pára e pensa no que você tem cantado. Muitas mentiras, assim como eu também canto muitassss mentiras.

Que Deus em sua infinita misericórdia nos ensine a trazer nos lábios e no coração cânticos que exaltem o seu santo e fiel nome. Só o nome dele é digno de adoração, por favor, não adorem o cantor achando que estão adorando a Deus.
Deus nos dê cânticos que nos faça parar e refletir, que nos movam a viver tudo que dizemos como verdade, porque se não for desse jeito, estamos errando, pecando.
Nada contra a ritmos, tudo contra a letras e grupos que distorcem o verdadeiro evangelho.
Temos vivido o que a música diz sobre e nós e não temos vivido o que a palavra nos diz (Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito. Josué 1:8) . E é patético achar que escutando uma música você tá fazendo alguma coisa pro Reino, é patético, acreditar que um show (pasmem! show!) vai nos levar para mais perto de Deus! Sabe o que te leva para perto de Deus? Oração, leitura da palavra, louvor e adoração (sinceros, meus caros).

Não se conforme! Transforme, renove a sua mente, questione se baseando na palavra, e viva toda a maravilha que o VERDADEIRO evangelho quer e pode te proporcionar.





Segue a publicação que ele fez no seu facebook:


Peço licença para uma declaração:
Não faço mais parte, definitivamente, nem em número, nem em gênero e nem em grau, do importado movimento “GOSPEL”!
Por favor, quando alguém se referir a mim ou ao meu trabalho, não utilize esta forma de me definir e nem me inclua dentro desse “idiotizado” mercado, pelo bem da verdadeira Música Cristã Brasileira e de seus honrados e dedicados compositores, artistas e poetas que, assim como eu, sobrevivem, a duras penas, de seus talentos e trabalhos, nadando na contramão da escravidão imposta pela grande mídia!
Simplesmente me chamem de João Alexandre, músico (e olha lá!)!O termo “Gospel” tem uma conotação mercadológica baseada na fama, na grana e na idolatria de artistas, bandas, gravadoras, formatos musicais, mensagens positivistas, entre outras distorções que variam conforme a conveniência dos tempos e dos “bolsos” dos brasileiros, cristãos ou não!
Só quero, assim como qualquer músico que busca a excelência, fazer o melhor que posso com aquilo que tenho, de forma honesta e verdadeira, dormir com a consciência tranquila de que cumpro a missão que Deus me deu (de cantar sempre a Verdade!) e agradecer todos os dias a Ele por aqueles que me deixam fazer parte de seus ouvidos e de suas existências!
Se vc está no meu time, compartilhe! Se não, me perdoe!

terça-feira, 4 de setembro de 2012

inconformados?


Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. 
Romanos 12:1-2


Não me conformo! 
Não vos conformeis, mas transformai-vos. Amém, posso ouvir um amém igreja?
Não, eu não posso ouvir um amém. A Igreja tá dizendo amém para a baboseira apostólica (dos falsos apóstolos, perdoem-me os verdadeiros!), tá todo mundo dizendo amém pra música do cantor "gospil", tá todo mundo dizendo amém pro bezerro de ouro. Tem gente achando que por Deus ser Rei, precisamos ser príncipes e princesas alienados.  Cheiradores de bíblia, fronhas dos sonhos milagrosos, rosa ungida, benção do milionário, doe 900 reais e Deus vai cumprir as promessas da sua vida em um ano. 
Me polpem! Cansei! Tenho vergonha de vocês, tenho vergonha de mim mesma por estar calada perante a tudo isso.
 Vai e cospe, mas cospe com gosto, pra tudo que Jesus fez. Vai e escandaliza até a pior podridão a pureza de ser cristão.    
Aí eu me desconformo, quero cair fora do molde, porque se existe molde Paulo diria se conforme. Se fosse apenas entrar em uma forma com um jeito desconformado e sair pronto e conformado, pra quê se transformar? 
A mente transformada olha para as atrocidades do evangelho e não se conforma, e transforma! A mente alienada  senta no banco do templo imaculado  e só diz amém, só diz aleluia mecanicamente, só fica quieta e não chega em casa e se questiona, não pega a bíblia e lê sobre os falsos profetas, não deixa a verdade transforma-la. Não haverão desculpas pra quem carrega a bíblia como sua verdade, ou a cheira (não é?)
Acha que indo na igreja, consegue esconder o coração podre e cheio de vaidade. 
Bulhufas, balela e nada de salvação.