quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Relativando o que não é relativo



Pecado é pecado! Pronto.
Mas nós temos a mania de relativar o pecado, de pegar a liberdade do evangelho e a tornar libertinagem.
É algo muito complicado isso, envolve com certeza, debates calorosos, no fim alfinetadas e conclusões que nunca levam ninguém a lugar nenhum, se levarem provavelmente vão beirar ao radicalismo e fanatismo de que tudo é pecado ou de que tudo é relativo, depende do ponto de vista.
Tenho analisado algumas teologias, algumas doutrinas, alguns pensamentos e confesso, passei por um estado de completa bagunça interior, tudo está certo, tudo está errado, uma força me puxava para o seu lado, outra com maior força queria me arrancar do lugar onde eu estava. Foi uma total confusão!
Respirei fundo, sabia que o resultado disso teria que ser proveitoso, de uma forma, no fundo de todos os meus questionamentos, sentia que seria algo que me traria crescimento. Bem, cresci.
Vi e percebi meus erros grotescos durante a minha vida cristã, minha vida de fé. Como andei muitas vezes feito uma cega, mesmo estando na luz. Como andei pensando ser luz e no fim eu era escuridão.
O Cristianismo do meu Salvador, da razão e consumação da minha fé, é bem mais descomplicado, só que isso não o torna mais fácil de ser vivido. É difícil vivê-lo em sua essência, confesso, é impossível vivê-lo na sua essência enquanto eu habitar nessa casa, corruptível, leviana em toda vaidade e desejo da carne. Por mais que habite em mim o Espírito Santo, sei que sou sua morada, continuarei sendo carne, que relutará todos os dias contra o meu espírito que tem o Espírito Santo, nessa luta no fim terei que torná-la fraca porque quem ganha e me faz pecar não é a carne fraca é a carne forte.
Sim, acredito no diabo. Acredito na existência de um mundo espiritual no qual ferozmente demônios e anjos lutam, acredito que a nossa luta não é contra carne, mas contra os principados e potestades. Porém, a iniciativa de pecar, não vem deles, dos coisa ruim, vem de nós. O diabo é culpado, ele lança a tentação, mas quem lança a mão, pega o fruto e se delicia com ele, somos nós. Foi assim, desde quando o pecado virou pecado. Nos deliciamos desde o primeiro momento com o pecar.
Pecado, do grego hamartia, significa errar o alvo, falha no dever. E é exatamente assim que pecamos, e por esse mesmo motivo, que pecado será sempre pecado. Não vou entrar em questões de pecado, pecadinho, pecadão isso não entra no meu coração porque minhas ferramentas teológicas são escassas. Mas o que preocupa é o fato de quantas vezes relativamos o pecar, somos induzidos por nossas vontades e desejos carnais, a pensar que certos atos e atitudes não são pecados, aí nos achamos dignos de nos colocarmos em posições de juízes, com nossas pseudo poses de não pecadores, e julgamos. Julgamos como se depois que Cristo entrou em nossas vidas não fazemos parte daqueles todos que pecaram e carecem a graça de Deus.


P.S: não estou sugerindo que o fruto do pecado é uma maça, fique claro. haha

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