domingo, 2 de dezembro de 2012

Aprendi hoje...

Ajuntando-se entretanto muitos milhares de pessoas, de sorte que se atropelavam uns aos outros, começou a dizer aos seus discípulos: Acautelai-vos primeiramente do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Mas nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido. Porquanto tudo o que em trevas dissestes, à luz será ouvido; e o que falastes ao ouvido no gabinete, sobre os telhados será apregoado. E digo-vos, amigos meus: Não temais os que matam o corpo e, depois, não têm mais que fazer.Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a esse temei. 
Lucas 12:1-5

Hoje lendo essas palavras de Cristo, chorei lágrimas que desceram feito ácido que corrói. Correndo as estruturas que baseiam e fincam com força meus pecados na carnalidade dos meus atos, na racionalidade daquilo que faço sendo o contrário do que quero e ao mesmo tempo não quero. 
Lembrei-me da luta diária de acordar todas as manhãs, sentar na beira da cama e pedir novamente o senhorio de Cristo sobre a minha vida. E apesar dessa atitude, continuar, muitas e inúmeras vezes, apertando a mesma tecla de pecar. Não é fácil admitir as fraquezas, chorar o choro arrependido que deseja verdadeiramente não repetir os mesmo erros ou ao menos sentir com força a existência de um espinho na carne, passando, nem que seja uma vida, relutando contra ele. 
Não acredito no super herói cristão ungido labarachuias mega power prospero feliz rico com camaro amarelo doce doce doce , prefiro os ditos indignos prostrados ao pé da Cruz, errando e aprendendo, sendo transformados todos os dias, admitindo que são seres imperfeitos, aceitando a Cristo todos os dias. O fermento da hipocrisia já me estufou, estufou meu peito e caminhar, chegou ao ponto de me cegar, de me tornar alienada, cumprindo um ide vingativo, cego, surdo, mudo e gordo de ganância. E foi a misericórdia que me encontrou, foi a graça que abriu os meus olhos. Repito enfaticamente e irredutivelmente o quanto amo a graça e a misericórdia. 
E não importa, um dia tudo será lançado a luz (à luz será ouvido), haverá o estabelecimento da justiça de Deus e a remissão dos pecados pelo sangue derramado por Cristo. Isso me dá alegria, imensa alegria, mas como diz uma amiga minha, fico aterrorizada com a justiça de Deus para com aqueles que se desviaram da graça, que optaram pelo caminho que não era o caminho. Ele tem o poder de lançar no inferno, mas pelo sacrifício de Cristo, por uma vida centrada unicamente Nele teremos o direito da vida eterna, isso é maravilhoso!!!
Tememos por demais o julgamento humano, que sempre (digo SEMPRE!!) vai levar em conta aquilo que os olhos vêem, porém, o oculto e intensão de cada coração, cabem a Deus sondar. Ele sonda, ele conhece, ele quer escutar. Eu estava falhando friamente nessa parte, a parte dele escutar da minha boca, o meu confessar diário de pecados, por mais bobos que parecessem, como por exemplo, brigar com meu pai e com meu irmão, ser grosseira com as pessoas, sentir raiva, ter momentos de extremo ódio, ser invadida por pensamentos errados. E não me venham com o papo "Ohh querida, você não é assim". Sou sim, desculpa se frustei sua imagem de que sou um doce de pessoa (termo mais chulo e adolescente, plmd). Ainda tem muita Rafaela que precisa morrer e muito Cristo que precisa viver e me transformar, transformar meu caráter a semelhança do dele.
Aí perguntada sobre como desenvolver honestidades e transparência com Deus e com as pessoas, simplesmente cheguei a uma conclusão, devo abrir a boca e o coração. Ficar no discurso cheio de blá, blá, blá me levaria apenas a mais desculpas esfarrapadas, acho que minhas mãos não conseguiriam segurá-las porque já estou cheia de outras desculpas esfarrapadas.
Hoje, por fim, espero que eu realmente faça isso, abra meu coração, minha boca e minha vida a Deus, que isso gere no nosso relacionamento intimidade, que pelo sangue de Cristo eu venha usufruir da comunhão com ele. Amém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário