Semelhantemente as dores da alma são dessa forma. Ninguém chega e te dá um manual de instruções, nem os livros de auto ajuda ousam falar sobre isso, todos querem falar apenas sobre o lado bom da vida. Eu tenho o lado bom da minha vida, porém, tenho minhas dores. Não sou e nem tampouco prego a vida maravilhosa com pássaros cantando felizes na minha janela, não prego a vida do super herói que nunca se machuca, apesar que até o super homem tem seu ponto fraco, uma kriptonita ou como disse o apóstolo Paulo, um espinho na carne.
Somos bons demais em admitir nossas virtudes, em escancará-las na janela, mas tão miseráveis em admitir verdadeiramente que somos miseráveis, com nossas dores lacerantes, com cicatrizes espalhadas pelo corpo, pela alma, até mesmo na razão e no entendimento. O que é a plenitude da vida sem o sofrer que precede o momentâneo bem estar? Somos remadores do último porão do barco (I Coríntios 4:9), ou será que a tua bíblia perdeu essa parte? Se não temos dores, não procuramos a cura, e ao não procurar a cura nos conformamos com nossas posições, com nossos dias sempre iguais.
Não queremos nos expôr ao sofrimento, muito menos ao doloroso processo de lavar as feridas. Você não querer chorar lágrimas que parecem que ao cair arrancam todas as suas certezas. Você não quer admitir que muitas das dores que você deixou doer no passado, hoje se mostram necessárias para a sua evolução (revolução?). Ninguém quer no fundo aprender com a sua própria dor, é mais cômodo ser platéia das dores alheias. Ler sobre, opinar sobre, nunca viver com.
Como estudante de medicina vejo muitos procedimentos que são necessários para salvar a vida das pessoas, porém, ao imaginar tudo aquilo sendo feito em mim, faço cara feia. Da mesma forma são as dores que sentimos, os procedimentos que passamos para curá-las, talvez trarão por mais algum tempo dor, porque tudo que começa a curar inevitavelmente vai doer a princípio. Antes doer, do que ser um leproso que de tão doente não consegue sentir as suas dores, que além de não doerem consomem sua carne.
Sou da apologia da dor e da Cruz. Sou também daquela que acredita nas coisas pequenas, que ama o entardecer da janela do seu quarto, que quer viver a plenitude de uma vida feliz e segura, porém, preciso reconhecer o valor das dores, por mais complicado, tenso, punk ou qualquer outro adjetivo que queira usar, que seja.
Somos bons demais em admitir nossas virtudes, em escancará-las na janela, mas tão miseráveis em admitir verdadeiramente que somos miseráveis, com nossas dores lacerantes, com cicatrizes espalhadas pelo corpo, pela alma, até mesmo na razão e no entendimento. O que é a plenitude da vida sem o sofrer que precede o momentâneo bem estar? Somos remadores do último porão do barco (I Coríntios 4:9), ou será que a tua bíblia perdeu essa parte? Se não temos dores, não procuramos a cura, e ao não procurar a cura nos conformamos com nossas posições, com nossos dias sempre iguais.
Não queremos nos expôr ao sofrimento, muito menos ao doloroso processo de lavar as feridas. Você não querer chorar lágrimas que parecem que ao cair arrancam todas as suas certezas. Você não quer admitir que muitas das dores que você deixou doer no passado, hoje se mostram necessárias para a sua evolução (
Como estudante de medicina vejo muitos procedimentos que são necessários para salvar a vida das pessoas, porém, ao imaginar tudo aquilo sendo feito em mim, faço cara feia. Da mesma forma são as dores que sentimos, os procedimentos que passamos para curá-las, talvez trarão por mais algum tempo dor, porque tudo que começa a curar inevitavelmente vai doer a princípio. Antes doer, do que ser um leproso que de tão doente não consegue sentir as suas dores, que além de não doerem consomem sua carne.
Sou da apologia da dor e da Cruz. Sou também daquela que acredita nas coisas pequenas, que ama o entardecer da janela do seu quarto, que quer viver a plenitude de uma vida feliz e segura, porém, preciso reconhecer o valor das dores, por mais complicado, tenso, punk ou qualquer outro adjetivo que queira usar, que seja.