terça-feira, 30 de outubro de 2012

Lei moral

Texto do meu querido amigo Filipe Outeiro, músico, futuro teólogo, um pecador no almejo do caráter de Cristo, aquele mais chegado que irmão. Bem, logo, novos pensamentos dele por aqui.



Existe algo, que defino como lei moral. Parece simples, mas na prática é muito difícil. 

Quando se fala de algo, ou de alguém, na questão de julgamento, temos que olhar para dentro de nós. O que será que temos de diferente para podermos cobrar algo de outra pessoa? É estranho, em muitos casos, falar mal da personalidade de outro,mesmo tendo a mesma, e com um ego que é tão, tão grande, que se torna um gigante, e consegue ver de cima qualquer ser... 
A humildade precede a honra, e o que eu acho que precede a humilade, é reconhecer, e além de reconhecer, querermos mudar o que temos de ruim. Creio que a simplicidade é a chave da felicidade plena. Aquela que vai além de problemas corriqueiros, além da preocupação do que vamos comer ou vestir. Despojar de nós mesmo, e sermos de fácil acesso para mudança, gera uma vida incrível, onde poderemos ter uma alegria, e uma certeza, que o nosso tesouro não é corruptível, e está guardado num lugar onde os olhos não veêm... Viver coisas novas, viver não pra nós mesmos, não pra nossos desejos e pretenções pessoais, viver para o que é eterno. Deixando o que é nosso de lado, deixando de achar cisco no olho do outro, e pararmos de ser sem vergonha, e sem sinceridade em nossas ações, quando elas não condizem com nossas palavras.
No final das contas, a maior lei moral que possa existir, é renunciarmos tudo o que achamos, tudo o que queremos, tudo que está em nosso orgulho, para viver a vida nos moldes de quem realmente deu a vida por nós. De quem nosso orgulho não é necessário, de quem não nos deixa e quem nos ama, apesar de tudo.

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