quinta-feira, 9 de maio de 2013

O mágico de Oz e a igreja


                Há muito tempo eu queria ler o livro do Mágico de Oz, escrito por L. Frank Baum. Mas nunca me ative a querer encontrar tempo, no meu vasto tempo ocioso. Hoje consegui lê-lo e foi uma leitura gostosa e muito rápida. O livro conta história de Dorothy, Espantalho, Lenhador de Lata e o Leão Covarde, sem esquecer do Totó, o cachorrinho de Dorothy.
                O começo da história é quando Dorothy vai parar na terra de Oz e deseja voltar para casa, porém ela não sabe como chegou lá e muito menos como sair. Ela é orientada a procurar o mágico de Oz , que provavelmente encontraria uma forma de levá-la de volta para casa. Para encontrar o mágico ela precisaria ir até a Cidade das Esmeraldas, seguindo pelo caminho dos tijolos amarelos.  Um caminho belo que vai se tornando escuro e sombrio. Então lá se vai Dorothy e Totó.
                Após um dia de viagem, eles conhecem o Espantalho que queria muito ter um cérebro, pois acreditava que tendo um cérebro ele poderia pensar e assim entender melhor o mundo ao seu redor. Colocando suas esperanças no mágico de Oz, ele se junta a menina e seu cachorrinho. O próximo integrante no caminho com destino a Cidade das Esmeraldas é o Lenhador de Lata que deseja ter um coração para voltar a amar. E por fim, Dorothy, Totó, Espantalho e Lenhador de Lata conhecem o Leão mais covarde do mundo, que se junta na procura pela ajuda do mágico, quem sabe aquele bichano deixaria de ser covarde com alguma porção mágica.
                Durante o caminho muitas são as dificuldades e percalços, porém, cada um com o seu problema- seja a distância de casa, a falta de um cérebro, a ausência de um coração e até mesmo um espírito não tão valente, independente disso, juntos eles perseveravam diante as dificuldades e cada dia estavam mais próximos da Cidade das Esmeraldas e do mágico de Oz. Até o dia que eles encontram o mágico, ah o resto você que já leu lembra e você que ainda não leu, leia. Sem spoiler por aqui.
                Foi inevitável a relação mágico de Oz e a igreja, a igreja na qual Cristo é o cabeça. A igreja iniciada com 12 homens e 1 senhor. Igreja que é formada por homens e suas imperfeições, dificuldades e aspirações. Homens necessariamente (ou deveria ser assim) desejosos pela renovação da mente do evangelho, pelo amar o próximo como a si mesmo, pela coragem de prosseguir no caminho da Cruz. E apesar dos atributos que lhes faltam, um ajuda o outro, um estende a mão para o outro. Uma igreja na qual os perfeitos são mera utopia e os imperfeitos se ajudam em prol do anunciar do nome do ÚNICO perfeito.
                E muito além da esfera igreja, a filosofia de companheirismo mostrada na história é assim igualmente aplicável em todos os nossos relacionamentos e esferas da vida. Por mais que cada um possua seus defeitos, seus medos e buscas diferentes isso não é impedimento para o continuar, para o evoluir, para o desenvolver. Estarem em um mesmo caminho não é automaticamente estar em uma mesma rota, porém, quando as rotas forem as mesmas há cooperação, aprendizado, companheirismo e lealdade. E quando a rota já não for a mesma, o respeito, o entender e nunca desmerecer tudo aquilo que durante o estar junto foi compartilhado. Que o mágico de Oz nos ensine que sozinhos não chegamos a lugar nenhum, mas que juntos podemos muito mais, apesar dos pesares, das dificuldades e dos nossos defeitos.


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