Conheci ele há uns 3 anos, se não me
engano. Gostei, gostei muito. Uma voz não muito comum a aquelas que a gente tá
sempre acostumado a ouvir. O nome dele era Thalles Roberto, um desconhecido da
maioria das massas consumidoras de cds no meio evangélico. Seu discurso humilde
me fez acreditar, num pequeno lampejo de esperança, de que ele não ia se
corromper ao mercado gospel, aos shows e toda essa maracutaia que é o mercado
gospel. Mas não, ele seguiu a carreira da fama, heresias e vexame.
Teve a polêmica da limousine com o
Thalles, uma lá que as pessoas concorreriam a uma voltinha em uma limousine com
a quarta pessoa da trindade (sim, ele está se sentindo isso, só pode!!). Ele
desmentiu essa promoção e eu acreditei com minha cara de tacho...só que não. E
ainda, ele teve a petulância de dizer o seguinte: "Eu não sou
artista, sou pastor. As pessoas que me acompanham não são fãs, são ovelhas.
Tenho muito respeito e temor pelo chamado que o Senhor me confiou". Ai
que engraçado e comediante esse moço.
Tem os seus escândalos e profetadas nos
seus shows. Sim, eu já fui em um show dele e posso falar sobre tal fato. Uma
amiga foi em um show que ele deu uma toalinha ungida. Ouvi que em outro show
dele ele fala para uma mãe de um usuário de drogas que o menino seria liberto
das drogas só com outra toalinha ungida dele. O sangue de Jesus, pra que, né? E
uma das últimas, ele postou uma foto no seu instagram chorando por conta do
Espírito Santo. Na hora lembrei desse versículo: “E
quando vocês orarem, não sejam como os hipócritas. Eles gostam de ficar orando
em pé nas sinagogas e nas esquinas, a fim de serem vistos pelos outros. Eu lhes
asseguro que eles já receberam sua plena recompensa” (Mateus 6:5). Não
preciso dizer mais nada sobre esse caso, não é?
Tudo isso e mais outras coisas foram me
desgastando com relação a ele. As letras das suas músicas sem cabimento e todo
mundo lá levantando as mãozinhas e cantando. Aí, ontem descubro mais uma nova
polêmica dele. A sua nova música Filho meu, é uma heresia sem tamanho, na qual
Deus chora e leva porta na cara. Fui tentar escutá-la e consegui por 2 minutos.
Não apenas pela heresia em si, mas algo
me fez refletir sobre essa música. Ela está mostrando a forma que nossa geração
está com relação ao evangelho, a forma que estamos permitindo que multidões
aplaudam heresias, que seja normal e aceitável esse estupro público da palavra
de Deus. Thalles Roberto é apenas um dos que mostram o reflexo desses novos
cristãos que se dizem protestantes, mas que nunca ouviram falar sobre Lutero e
nem sequer sabem coisa alguma sobre as Solas. Novos convertidos preocupados em
suas experiências espirituais, em serem dos 3 que eles nem mesmo conhecem. Só
na pressão? Oi? Cristãos que da boca pra fora exaltam a Deus, porém seus
corações estão corrompidos de si mesmo, estão cheios e cobertos de idolatria
por aquilo que o cantor disse no show e determinou na música. Se o cantor disse
isso na música pra que eu vou na bíblia procurar a veracidade dos fatos? Cristãos
de massa, de manipulação, de achismos que cantar sobre si mesmo é adorar e louvar
ao único digno. Cristãos que são levados a acreditar que indo no show do cantor
gospel algo está sendo feito pelo Reino, como se Deus precisasse disso. Como se
Deus chorasse, fosse um fraco e bobalhão. Ridículo demais essa teologia de um
deus pidão e que sente dor. Sério, estou com dó desse deus.
Enfim, é preocupante demais toda essa
situação, a forma que as coisas concernentes a fé cristã estão caminhando me
assustam e machucam meu coração com força. Temos nos omitido com aquele velho
papo de que cada um se acerte com Deus e deixamos que mais e mais pessoas sejam
tragadas por um evangelho falso e herético. Se você não concorda com o que vê,
porém, se cala diante disso, você está contribuindo para a decadência do
evangelho. Não é porque algumas coisas da fé são inexplicáveis que tudo será
sem um mínimo de lógica, Deus não é burro, nem esquizofrênico. Ah, Deus também
não tá chorando porque alguém o rejeitou, a dor e choro eterno são daqueles que
não se renderem ao amor provado pelo filho unigênito.
E como sou contra a formação fechada de
opiniões, segue a música para você analisar e tirar suas próprias conclusões.
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